O governo do Estado do Tocantins, após decisão de recurso de sua própria denuncia, que resultou na decisão do TJ de que a greve dos profissionais da Educação é ilegal, traz um tom de voz ameno e apela para o medo dos profissionais e pede a volta as aulas. O site Roberta Tum traz as últimas informações para que fiquemos informados a respeito da greve.
Resta saber se os grevistas iram se render a pressão e fazer com que o sindicato perca força ou vão até as ultimas consequências.
A
greve deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado
do Tocantins (Sintet) foi declarada ilegal. A decisão é do juiz Helvécio
de Brito Mais Neto, convocado pelo Tribunal de Justiça do Tocantins
(TJ/TO) para analisar o pedido de Antecipação de Tutela movido pelo
Estado do Tocantins. Nesta sexta-feira, 28, após a publicação da decisão
da Justiça, a secretária de Estado da Educação e Cultura, Adriana
Aguiar, disse que a liminar não altera a disposição do governo do Estado
em continuar dialogando com o sindicato. Em entrevista coletiva, a
secretária, o procurador-geral do Estado, André Luiz de Matos, e o
secretário de Estado da Administração, Lúcio Mascarenhas, anunciaram a
decisão.
“As
negociações estão mantidas, assim como nós colocamos para os membros do
sindicato desde o dia 17, na primeira reunião que tive com a entidade
desde que assumi a Seduc”, afirmou a secretária, frisando que o governo
do Estado está estudando todos os pontos colocados em pauta pela
categoria. Lúcio Mascarenhas também destacou a continuidade do diálogo.
“Várias das reivindicações do sindicato nós já atendemos. Em momento
nenhum as negociações foram interrompidas e elas prosseguem”, disse o
secretário.
Adriana
Aguiar, que também é professora de carreira no Tocantins, acredita que
os professores vão cumprir a decisão do Judiciário. “Uma vez que a
Justiça considerou a greve ilegal, chamo os colegas professores para que
estejamos prontamente atendendo os nossos alunos, correspondendo àquilo
que eles esperam enquanto estudantes do nosso Estado”, disse. Adriana
Aguiar, que é professora de carreira do governo do Estado, se colocou
mais uma vez à disposição da categoria, reafirmou trabalhar para
melhorar a Educação no Tocantins e destacou seu perfil técnico à frente
da pasta. “Eu quero dizer aos professores que eles têm na Secretaria da
Educação e Cultura uma representante da classe. Eu sou professora de
carreira, concursada do Estado do Tocantins, iniciei na sala de aula aos
16 anos. Vim para a secretaria como uma figura técnica, que está aqui
para zelar pelos interesses da classe, com muita cautela, com muita
atenção aos interesses, mas de maneira que seja sustentável”, disse.
Valorização
O
salário de carreira do professor efetivo tocantinense para o cumprimento
de 40 horas semanais é de R$ 3.233,39, o segundo melhor salário pago ao
profissional de educação no Brasil, ficando atrás apenas do Distrito
Federal (DF). Para Adriana Aguiar, dados como este comprovam que o
governo vem trabalhando pela valorização da categoria. “Eles [os
professores] têm em mim uma defensora da classe e, sobretudo, de todos
os aspectos da educação”, complementou a secretária, ressaltando a
importância dos servidores para a Educação no Estado. “Os nossos
professores têm correspondido à altura com trabalho, uma vez que estão
conseguindo elevar nosso índice em nível nacional. Isso é reflexo de
professores comprometidos com a nossa Educação”, concluiu.
A decisão
“O
mote central da decisão foi considerar que as negociações com o poder
público não só não estavam encerradas como estavam evoluindo em favor do
sindicato. E que a greve, como último argumento do trabalhador, não
seria apropriada, dado o encaminhamento que se estava dando”, disse o
procurador geral do Estado.
Na
decisão em que declara a greve ilegal, o juiz Helvécio de Brito Mais
Neto afirma: “...observo haver um significativo avanço nas transações
entre o Sindicato e o Poder Público, posto que muitos dos pontos
questionados pelos servidores já estão praticamente acordados e o
movimento de paralisação, neste momento, acaba por prejudicar o
andamento das tratativas”.
A
decisão que declara a ilegalidade da greve também determina o imediato
retorno aos serviços nas unidades educacionais da rede estadual de
ensino.
Durante
entrevista coletiva, o procurador geral do Estado informou que,
conforme a decisão, foi fixada multa diária no valor de R$ 20 mil, até o
limite de R$ 200 mil, em caso de não cumprimento da liminar.
Diálogo mantido
“Como
professora que sou, acredito que acima de tudo o professor quer o bem
do seu aluno e tem o compromisso com ele. E é importante dizer que a
decisão da Justiça em nada interfere no diálogo com o sindicato. Volto a
afirmar que a negociação continua”, disse Adriana Aguiar.
Na próxima segunda-feira, 31, representantes do governo do Estado e do Sintet voltam a conversar sobre as propostas à classe.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Por favor, contribua de forma positiva com nosso blog, comentando os assuntos que você está lendo, pois será assim que vamos conseguir mobilizar-nos em busca de resultados, não para eu, mas para nós, ainda que de forma anônimo estará contribuindo com a nossa sociedade.